20 de Setembro de 1979: Lee Iacocca salvou a Chrysler

A história da Chrysler tem sido marcada por vários sobressaltos num passado ainda próximo. A situação era crítica em 1979 quando Lee Iacocca foi eleito presidente de um grupo débil, depois de ter sido afastado da Ford Motor Co.. Começou a trabalhar a 20 de Setembro de 1979 e, contra todas as opiniões, conseguiu reabilitar a Chrysler combatendo greves, realizando violentos cortes orçamentais, adoptando um marketing agressivo e reunindo empréstimos do governo federal.

As suas decisões eram geralmente surpreendentes e muitas vezes controversas, mas adoptou sempre uma postura ética como quando reduziu o seu salário para um dólar anual para dar o exemplo ao resto da empresa e mostrar que a saída da crise tinha que passar por grandes sacrifícios.

Quando Lee Iacocca chegou, a Chrysler estava à beira da falência e em 1983 era um grupo rentável. A sua biografia foi um best-seller em 1984 e serviu de exemplo a muitos patrões do mundo automóvel.

Manteve a presidência do Grupo até 1992, altura em que se reformou com 68 anos. Nessa altura tinha enriquecido o portefólio do Grupo com marcas como a American Motors Corporation (AMC) e a Jeep.

Mas a situação financeira voltou a deteriorar-se no pós-Iacocca e não melhorou com a tentativa de parceria com o Grupo Daimler-Benz (1999-2007). Fragilizada, foi abalada pela crise financeira de 2008 e entrou em processo de falência. Foi salva com o fundo de pensões da United Auto Workers, com fundos dos governos americanos e canadiano e a entrada do Grupo Fiat no capital da Chrysler, que mais tarde deu origem à Fiat Chrysler Automobiles.

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